terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. A
afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos
sentimentos. É o mais independente...

Isso não é meu, mas as próximas palavras o são. E do fundo do coração, cheias de mimimi, como não podia ser diferente!

Porque eu cheguei em São Paulo contrariada. Fiz matrícula no noturno mais contrariada ainda. E fiquei os primeiros meses em terras paulistas, sim, contrariada. Ontem, voltei pra casa desse jeito. Das duas, uma (ou das duas, as duas): eu gosto muito de me contrariar ou me surpreenderam na metade do caminho que, inevitavelmente, foi o meu escolhido.

Que quando eu li o "Campo Grande" no aeroporto, já não senti aquele alívio que outrora sentia. Muito pelo contrário. Me despertou uma saudade dos momentos vividos, uma vontade dos novos, uma raiva em já ter voltado, um medo de logo, logo, ser esquecida. E quando peguei o mesmo caminho de uma vida inteira pra casa, já estranhei ser ele o caminho de casa. Estranhei não ser a Afonso Pena e não a Heitor Penteado. Estranhei o calor insuportável. Estranhei o som que tocava no carro.
Foi só botando os pés em casa e sendo recebida pelos olhinhos azuis mais encantadores desse mundo "você vai ficar pra sempre dessa vez, Papau?" pra eu me sentir em casa, novamente.

Porque, sim, Campo Grande é minha eterna casa. Meu ninho. Não posso negar o tanto que eu gosto disso aqui. O tanto que eu gosto dos caminhos, da Afonso Pena, das noites "ensolaradas". Mas hoje... alguma coisa acontece no meu coração...

E culpa disso parte dessa afinidade.
Que eu já vi e vivi afinidades com as mais diversas pessoas que, por sinal e sempre, ainda rodeiam o meu ciclo de amizades. Mas uma afinidade assim tão grande entre tanta gente diferente de uma vez só, só podia dar nisso.

Hoje me perguntaram como era a minha sala.
Simplesmente a minha sala foi a melhor coisa que me aconteceu, agora, nesse momento, em toda a minha vida.

... Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as brigas, as
distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma
a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi
interrompido.."

Um comentário:

Felipe Lobo disse...

Ah, Paulinha, as suas palavras soam tão boas de ouvir!

Essa turma é algo fora do normal. Temos uma afinidade gigante, são muitas pessoas que se gostam de uma maneira muito intensa.

A amizade que surgiu é algo que eu nunca vi. Nem na outra faculdade, nem em escola, nem em lugar nenhum. Foi e é incrível!

E a saudade dessa convivência diária já aperta. Vocês são inesquecíveis e faremos dessa amizade algo além dos limites da imaginação! Será o grupo de amigos mais incrível de todos os tempos. Aliás, já é, acho!

Que bom que você, que todo mundo se sente assim. Fico feliz em ver que não sou só eu! ;)