domingo, 1 de março de 2009

Cheguei e pensei

Asas
Não consigo explicar como é chegar ao aeroporto de São Paulo.
Sair por aquelas portas e nunca ter ninguém me esperando do lado de fora é algo assim que não dá pra por em palavras de tão triste.
É tanto desamparo!

Táxi
Percebi. São Paulo não me amedronta mais.
Seus prédios altos. Seu céu cinza. Seu trânsito caótico. Suas pontes de concreto duro. Suas pessoas, quantas pessoas, formigas multicoloridas trabalhando sozinhas. Tudo que eu pensei que fosse me engolir quando, pela primeira vez, botei os pés aqui. Tudo tão familiar. Tudo tão inofensivo...
Não foi no ano passado que esse mundo me engoliu.
Não vai ser nesse.

Crucial
Certa vez eu escrevi que não se ganha uma guerra contra a saudade.
Mas eu estava errada. Eu tinha uma saudade de quem tinha ido. Não uma saudade de quem foi.
Só quando fui, e vim, entendi.
E hoje eu sei.
A guerra não é contra a saudade.
É contra a distância.
A saudade é só o preço que nós temos que pagar pra manter o exército funcionando.
- se for um de elefantes, então. ;x - e essa vai só pra você, minha saudade maior e mais bonita.

Um comentário:

guerra(diário) disse...

;)

e no auge dessa saudade, no fim dessa distância...
Eu vou te encontrar.
E então voce vai ver pra qual casal o Chico escreveu Valsinha.

Te amo.