quinta-feira, 31 de julho de 2008

In memorian

Tem coisas que só de lembrar, pode nem ser de todos os detalhes, ou das mínimas feições, trazem por companhia aquela ânsia. Aquela necessidade contida de rasgar a lembrança como se foto, dessas que a gente pode deixar em mil pedaços até não reconhecer mais. Fato é que eu acredito na perenidade da memória, (in)felizmente. Não de todas as coisas. Mas das principais, ou das que pareciam insignificantes até você perceber que não são mais - nunca de fato o foram.
E outra... Mesmo que a foto ou a lembrança se tornem irreconhecíveis, você não vê mais com a mesma claridade aquilo, mas sabe que aquilo ainda existe. Ainda respira, se alimenta, vive e se reproduz na sua cabeça dia após dia. Sem morte.
Excrucitante.
Às vezes podem até ser confundidas com saudades. Ou deixar saudades. Mas é bem diferente: "Saudade é um pouco como fome. É um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." Isso é mais como um vômito.. Tão urgente quanto, mas com uma diferença vetorial importantíssima.
Saudade a gente é obrigado a engolir.

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