Tem coisas que só de lembrar, pode nem ser de todos os detalhes, ou das mínimas feições, trazem por companhia aquela ânsia. Aquela necessidade contida de rasgar a lembrança como se foto, dessas que a gente pode deixar em mil pedaços até não reconhecer mais. Fato é que eu acredito na perenidade da memória, (in)felizmente. Não de todas as coisas. Mas das principais, ou das que pareciam insignificantes até você perceber que não são mais - nunca de fato o foram.
E outra... Mesmo que a foto ou a lembrança se tornem irreconhecíveis, você não vê mais com a mesma claridade aquilo, mas sabe que aquilo ainda existe. Ainda respira, se alimenta, vive e se reproduz na sua cabeça dia após dia. Sem morte.
Excrucitante.
Às vezes podem até ser confundidas com saudades. Ou deixar saudades. Mas é bem diferente: "Saudade é um pouco como fome. É um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." Isso é mais como um vômito.. Tão urgente quanto, mas com uma diferença vetorial importantíssima.
Saudade a gente é obrigado a engolir.
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