segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Antes de dormir

E foi assim.
Como se eu fosse fiozinhos amarrados em você.
Elásticos que esticam. Elásticos que voltam.
Se não soltam? Soltam.
Só que tem sempre alguém pra dar o nó do reencontro.
Fiozinho que viro, entretanto, o nó torce.. o nó dói de vez em quando.
Dói ser nó e ficar junto. Mas serve pra manter junto. Entende?
É como ser aquelas luzinhas de Natal enroladas.
-Se pudessem falar aposto que gritariam!
Tão cheias de nózinhos. Tão juntas juntas. Não se sabe onde tem começo. Muito menos fim.
A única diferença é que com paciência, a gente consegue separar as luzinhas, todinhas.
Já a gente, com paciência, consegue grudar sem nozinho doído.

Tô me sentindo tão boba.
Com necessidade de escrever assim no diminutivo.
De escrever como aquela menina que ainda não tinha computador e vivia feliz com um calo no dedo de tanto escrever bobamente.

Sei não.
Aquela sua pintinha no olho esquerdo, que me olha doce toda noite, me deixa emocionada.

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