quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Fazendo tudo de propósito - e fim.

Às vezes você tem que fazer aquilo que evita.

Levantar do sofá pra ir procurar o controle remoto. Sair da cama, com sono, porque tem hora pra chegar. Ligar para aquele parente distante pra dizer que se compadece da sua dor pela perda de mais um familiar.

Você evita ao máximo. Mas, uma hora, você faz.
Você vai até o fim porque você sabe que, mais cedo ou mais tarde, vai ter que acabar fazendo.

Disse anteriormente algo sobre se compadecer da dor alheia. Sim, porque você pode, sim, se compadecer da dor alheia. Mas nenhuma dor dói como a dor que dói na gente. Aquilo que chega a ser físico mesmo sem, de fato, o ser!

E é principalmente por causa dessa dor, mais do que qualquer outra coisa, que a gente faz, de uma vez, tudo aquilo que mais se evita fazer nesse mundo!

E o mais engraçado (e forte da raça humana) é que, às vezes, não é nem para amenizar essa dor, mas sim sabendo que vai encerrar-se nela, mais forte ainda, mas por estar em busa de algo maior, algo mais perene, que depende daquilo e que você bem sabe que está ali, em algum porto depois dela.

2 comentários:

Alice Agnelli disse...

uau.

Maria Joana disse...

coisa triste, não?

eu acho, também, que quase entendo esse seu post.. e alguns outros.
ou só acho que entendo e tô enganada...

essa mania de não controlar o coração.. deixar a razão de lado.. eita quanta dor que é capaz de dar, não?