quarta-feira, 23 de abril de 2008

“Ame como se nunca tivesse sido magoado.”

Difícil, mas 100% possível depois de TEMPO.
O meu Deus é o tempo. Não tem jeito. Com Ele, tudo se ajeita.
Não creio que seja ele o senhor responsável em acertar as coisas como eu queria que elas fossem. Ele simplesmente faz com que aquilo que parecia tão vital e supra-importante naquela hora, perca um pouco ou o total da sua razão de existir com a chegada de outras coisas. Com ele eu bem aprendi que absolutamente nada nem ninguém dessa vida é insubstituível.
Isso não me deixa, porém, muito à vontade em substituir as pessoas que fizeram parte dela em algum momento, como num jogo de futebol, mesmo elas falhando ou faltando todos os dias.
Mas se você jogar uma bola verde na parede, ela voltará verde. Se jogar forte, ela voltará forte. É a lei natural das coisas. Você colhe o que você planta. Você é eternamente responsável por aquilo que cativas – e aquilo que deixas de cativar, também. Se acaso caso for de você ter de sair do meu caminho é porque você fez por onde. Não deixe de fazer uma boa viagem, mesmo assim. E sem volta. Posso sentir a tua falta como se me faltasse um dente da frente. Mas com o meu Deus, o meu sorriso não ficará incompleto eternamente.
Amar, sim, é reconhecer-se, eternamente, incompleto.
Mas amar a si mesmo é maior. É nunca deixar de completar o que já não existe mais. Sem dó, sem drama, sem fé de que tudo vai voltar a ser como antes. O minuto atrás acabou de ser substituído por esse.
Cresça. A vida é um ciclo infinito de minutos incontínuos e substituições constantes.
Aceite seu destino.

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